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A tal da liberdade!

  • Foto do escritor: Monica Dominici
    Monica Dominici
  • 9 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de jan.

Ah a liberdade! Como é bom sentir-se livre! Não dar satisfação a ninguém, não precisar dizer se vai à esquerda ou à direita, decido quando quero e como quero, eu, só eu!

Isso sim é sentir-se plena...Viro à direita, coisas incríveis acontecem, penso que se estivesse acompanhada provavelmente não estaria ali, naquela hora...

Agradeço por estar só, livre...


Viro para a esquerda e a vida me prega surpresas, dou risada sozinha, não tenho com quem compartilhar, estranho, sigo em frente...

Paro quando sinto que devo, sem ter que negociar minha parada com ninguém!

Me sinto leve como uma pena voando ao vento...

Olho para o céu e vejo o infinito e dele quero fazer parte...


Nada neste mundo pode me cercear...A noite vai caindo e já andei pelo norte, sul, leste e oeste, fiz o que precisava e o que não precisava também, mas fiz, pois quero experimentar coisas novas, coisas que nunca ousei, mas que agora chegou a hora...

Ouvi de tantos que ousar é incrível, que devo sair do trilho para o trem não me atropelar, que eu deixei minha vida ser simplória e insignificante.


Resolvi então seguir os conselhos de tantos e arriscar um estilo de vida diferente...

Me arrumo e saio de casa sem destino certo, mas com interesses definidos. Não quero me apegar a ninguém, sou livre e assim quero permanecer!


No escuro um me beija, não o conheço, tampouco o quero conhecer... Atuo de mulher desamarrada, feliz e segura, mas saio de fininho e sou pega por outro, não sei ao certo se é loiro ou castanho, gordo ou sarado, não vi, não quero ver, apenas sentir...


Dizem que isso sim é ser livre e eu sou, ou vou me tornar, ah vou!


Não gostei daquele sujeito... Não senti nada, nada além de repulsa... Mas eu tenho que gostar disso, todos dizem que esse é o bom da vida... Fujo! Ando pelas ruas, encontro conhecidos e rindo conto minha história, assim a interiorizo e assumo meu novo personagem de vez!


Volto para casa oca e seca, com a blusa suja de mãos desconhecidas...Já já me adapto, afinal quantidade é o lema! Mais e mais até o infinito! Não consigo dormir... Sinto falta de algo, me agonizo, viro pra esquerda e para a direita, acendo a luz, me olho no espelho e percebo que se antes me sentia presa agora estou amordaçada ao vazio, seguindo conselhos de todos e deixando de escutar a mim mesma...agora já não me sinto leve como uma pena ao vento, mas sufocada. 

Não me reconheço.

 

Quero fazer parte, quero voar sozinha, mas para voar sozinha não posso voar com todos, apenas comigo mesma voltando a ser a simplória insignificante que continua a acreditar na qualidade e que não se encaixa em boiada... 


Ser livre é apenas ser eu mesma...nada além!

27/08/2015



ree

 
 
 

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