Correio
- Monica Dominici

- 8 de fev. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de fev. de 2024
Hoje eu fui ao correio…
Que delícia a sensação de escrever uma carta a mão, pôr no envelope junto com um livrinho, claro, dar uma borrifada do meu perfume no papel, ir ao correio e despachar para uma amiga na França.
Naquele envelope está um pouquinho de mim…
Serão 19 dias úteis até seu destino. Ficarei esse tempo na expectativa que o cheirinho não evapore por completo, que ela goste do livro, que ela sinta o imenso carinho que tenho por ela, o prazer que me deu em me dedicar de perto à nossa amizade… coisas que o mundo digital e apressado não consegue nos proporcionar.
Nostalgia de tempos mais lentos? Talvez.
Lembranças do carteiro passando em casa com sua sacola cheia de coisinhas...
Em momentos especiais ele trazia algo pra mim... as vezes um cartão de Natal, as vezes um pedido de desculpas, as vezes um convite, as vezes uma cartinha de amor...
Existe uma conexão profunda nas trocas das cartas escritas a mão, algo íntimo, secreto, singular... cada um com sua caligrafia, seu zelo, seu capricho... mostrando algo de si, de suas emoções naquele papel...
Tão práticos os meios de comunicação de hoje, Mônica... muito mais fácil apertar o “send”, inclusive é de graça, mas e o meu perfume? E a minha letra? E os meus erros? E meus desenhos?
Um e-mail, um whatsapp cheio de abreviações, como se tivéssemos que viver em muita afobação, não vale... não quero encontros cheios de pressa...
Uma carta escrita a mão é o longo e lindo abraço apertado no domingo lento.
07/02/24

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